Templos evangélicos teriam recebido dinheiro desviado da Petrobras

21/08/2015 10:07

Procurador denuncia ao STF Cunha e Collor, os primeiros de uma lista de processos por corrupção envolvendo a Petrobras solicitados pela Procuradoria-Geral da República.As ligações entre o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e as igrejas evangélicas, cujos fiéis formam grande parte do seu eleitorado, são objeto de análise da denúncia criminal apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira. Conforme os procuradores, o parlamentar fluminense — atual presidente da Câmara Federal — teria repassado a templos evangélicos parte da propina recebida com desvios em contratos da Petrobras.Conforme relata o doleiro Alberto Youssef em delação premiada à PGR, ele transferiu a empresas de fachada mantidas pelo lobista Fernando Soares, o Baiano, ligado ao PMDB. Baiano, por sua vez, ficou encarregado de indicar a outros lobistas mais valores que deveriam ser pagos como propina — desta vez, ao deputado Eduardo Cunha.


Conforme a investigação da PGR, Baiano indicou ao lobista Júlio Camargo (que trabalhava para a multinacional coreana Samsung na venda de sondas de perfuração de óleo à Petrobras) que fizesse pagamento de alguns valores à Igreja Evangélica Assembleia de Deus.