Após três dias de greve, professores retomam aulas em escolas estaduais

03/09/2015 10:08

Foram mantidos horários normais das atividades, apesar de a categoria permanecer em estado de greve até dia 31Após três dias de greve dos professores, as aulas nas escolas estaduais foram retomadas na manhã desta segunda-feira. Conforme orientação do Cpers-Sindicato, os horários normais das atividades foram mantidos, apesar de a categoria permanecer em estado de greve até o dia 31, quando adotará turno reduzido, caso o governo não pague em dia ou parcele os salários dos servidores.


“Tudo indica que, infelizmente, o governador vai parcelar”, declarou a presidente da entidade sindical, Helenir Aguiar Schürer. De acordo com ela, o Executivo não trata a Educação, nem as demais categorias com respeito e isso tem causado insatisfação e revolta. Se a folha não for quitada conforme o previsto, o turno das aulas ficará reduzido, até os repasses serem regularizados.

A última greve dos professores havia ocorrido em 2013 e durou 21 dias, segundo Helenir. Após o término do movimento deste ano, as direções precisarão readaptar o calendário para compensar os dias perdidos. Hoje os alunos e os pais foram recebidos nas escolas pelos servidores, que prestavam informações a respeito da greve.

No Instituto de Educação General Flores da Cunha em Porto Alegre, os estudantes compareceram às aulas no início da manhã. O turno não foi reduzido e o horário das atividades foi normal, assim como no Colégio Estadual Júlio de Castilhos.

A diretora da Escola Técnica Estadual Ernesto Dornelles, Irene Longhi, disse que ainda não foi decidido como será feita a recuperação das aulas e a supervisão da instituição irá se reunir nos próximos dias para tratar do assunto. Apesar do estado de greve, as aulas foram normais para os cerca de 1 mil alunos. Segundo ela, a maior parte dos aproximadamente 80 professores aderiram à greve na semana passada.

As delegacias de polícia que operavam parcialmente, atendendo e registrando somente crimes graves contra a vida, voltaram a funcionar na integralidade já no final de sexta-feira. Os policiais militares e outros servidores também voltaram a trabalhar normalmente.

No dia 3, já está previsto um ato unificado dos servidores de 43 sindicatos em frente ao Palácio Piratini e à Assembleia Legislativa. Novas mobilizações deverão acontecer sempre que o governo atrasar ou parcelar o salário do funcionalismo.